Estamos vivendo um momento de grandes oportunidades e desafios. Assim, na impossibilidade de sair de nossas casas para participar das festas pascais com a comunidade, pensamos em roteiros de celebração que podem ser realizados em casa, seja individualmente, seja pela família ou em pequenos núcleos. Optamos por roteiros que garantem o essencial de cada celebração litúrgica e que, de forma bem simples, podem ser conduzidos por alguém da família, sem dificuldades.
Jesus mesmo é quem dá legitimidade a essas pequenas igrejas nas casas. Em sua vida, muitas vezes ele visitou as residências, sentou-se à mesa, conviveu com as pessoas. Foi ele quem disse: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles”. Depois de sua ressurreição, as comunidades cristãs se reuniam, também, nas casas, na continuidade de uma prática que vinha, já, desde a tradição judaica.
Graças ao batismo, qualquer núcleo familiar, nas suas várias configurações, é uma pequena Igreja, uma Igreja doméstica, conforme denominou o Concílio Vaticano II. Ela realiza em pequena medida o que toda a Igreja é chamada a realizar.
Assim como a Igreja só acontece plenamente na liturgia, também a igreja da casa precisa da liturgia para expressar-se de forma plena. Apenas o estilo de uma e de outra será diferente. Na casa a liturgia terá uma forma mais simples, essencial, mas por ela podemos, igualmente, escutar e meditar a palavra de Deus, erguer a Ele os nossos corações, partilhar o pão da nossa mesa em ação de graças, alegrar-nos com a presença de Jesus em nosso meio.
Esta liturgia da casa ganha visibilidade especial neste momento em que só a nossa casa se oferece como lugar seguro de reunião. Mais do que assistir, temos a oportunidade de celebrar em família a nossa fé no Cristo que passou da morte à vida. São seis roteiros: memória da entrada de Jesus em Jerusalém no Domingo de Ramos; memória da ultima ceia e do Lava-pés, na quinta-feira à noite; memória da Paixão, na sexta-feira à tarde; memória da Sepultura do Senhor, no sábado durante o dia; e memória da Ressurreição, na vigília pascal e no domingo de Páscoa. O roteiro de cada celebração tanto pode ser impresso em uma única folha, como pode, também, ser seguido usando o próprio celular. Sugerimos que dentro do possível se organize a reunião em círculo e que, no centro, se coloque o símbolo a ser usado em cada celebração: ramos, cruz, vela, etc.
Penha Carpanedo, da Congregação Discípulas do Divino Mestre (Apostolado litúrgico), redatora da Revista de Liturgia, membro da Rede Celebra de animação litúrgica.
Link da Quinta Feira Santa: https://drive.google.com/open?id=1ycs2UDsqx9IfNDzwPlQ2J–LMBHZ8g29
Link da Sexta Fera Santa https://drive.google.com/open?id=1V9hyT0W0XETxGwiF2Bmc1gvLnuDVagxc
Link da Vigília Pascal: https://drive.google.com/open?id=1gjOpRNYZ_syZNJptNVLuAs6UyQrd484l
Link do Sábado Santo: https://drive.google.com/open?id=1Q5DV8sPOEKmo2a2CYghzKWchR6UmCZkB
Link do Domingo de Páscoa: https://drive.google.com/open?id=13RjZyeKxqqNX2oHv470Q5ny42jncnt4X